Sob a coordenação de Leopold Nosek, presidente da FEPAL, o ciclo acontece desde maio de 2011 e conta com a colaboração das psicanalistas Cintia Buschinelli, Magda Khouri e Silvana Rea. Uma nova seleção de filmes é o ponto de partida para que os espectadores possam conversar com os diversos psicanalistas convidados a respeito de temas como o processo criativo da arte, sexualidade, família, transformações culturais e os próprios paradigmas teóricos da psicanálise. O ciclo se estende até o mês de outubro, antecedendo a realização do Congresso Latinoamericano de Psicanálise da Fepal (http://www.fepal2012.com/), marcado para os dias
O ciclo será inaugurado no dia 27 de maio com a projeção da série Imagens do inconsciente, dirigida por Leon Hirszman. Realizada entre 1983 e
Ainda no primeiro semestre, o público terá a chance de conferir a exibição de clássicos do cinema brasileiro e mundial como E Deus criou a mulher, de Roger Vadim, Clamor do sexo, de Elia Kazan, A falecida, de Leon Hirszman, Limite, de Mário Peixoto, e o recente O céu de Suely, de Karim Aïnouz. Marco da liberalização dos costumes, E Deus criou a mulher escandalizou católicos e conservadores nos anos 1950. Banido em diversos países, também transformou Brigitte Bardot numa estrela internacional. Clássico do cinema americano, Clamor do sexo também investe contra o conservadorismo por meio da história de um casal de jovens que não consegue consumar o gesto amoroso em meio a uma sociedade puritana. A narrativa do filme é carregada de tensão erótica e de sugestões psicanalíticas. Num evento que se dedica a investigar por meio da psicanálise a instituição familiar, a obra do dramaturgo Nelson Rodrigues não poderia ficar de fora. Adaptação da peça homônima do escritor, A falecida ameniza os aspectos melodramáticos do universo rodriguiano para sintonizar-se aos debates que mobilizam a intelectualidade de esquerda no Brasil dos anos 1960. O filme conta com a participação de Fernanda Montenegro, em seu primeiro papel no cinema, e será exibido em cópia restaurada. Obra-prima do cinema silencioso brasileiro, Limite é também um marco do filme de vanguarda. Destacando-se pela fotografia e pela narrativa não-linear, traça uma história sobre a passagem do tempo e a condição humana, impregnada de signos eróticos. O filme foi restaurado pela Cinemateca Brasileira e pelo laboratório L’Immagine Ritrovata, da Cineteca di Bologna, na Itália, numa iniciativa da World Cinema Foundation, instituição criada pelo cineasta Martin Scorsese. Encerra a programação do primeiro semestre O céu de Suely, segundo longa-metragem do diretor Karim Aïnouz. Um dos melhores filmes brasileiros dos anos 2000, O céu de Suely narra a história de uma jovem nordestina movida por um desejo constante de trânsito e reinvenção subjetiva.
O CICLO DE CINEMA E PSICANÁLISE termina no dia 07 de outubro. Todas as projeções serão acompanhadas de conversas com psicanalistas e convidados.
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